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Lei número 9.610 - de 19.02.1998.

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

ARDENTE RIVAL.

Ela agarrou esse homem,
Beija, constantemente sua boca, abre o seu apetite.
Ela é sensual, já vem com os botões da blusa abertos.
Ela parece pura e o completa.
Ele a idolatra com ardor.
Ela é o relax certo, dá-lhe poder de concentração
e o transforma em poeta.
Entre eles há cumplicidades, promessas que não se quebram.
Ela faz com que ele se sinta isolado do mundo,
sem pensar em mim, sem pensar em mais nada.
Ela o deixa louco!
Ela agarrou esse homem com unhas e dentes,
lhe deu muitos amigos, preenche seus vazios,
mexe com seus sentidos, vasculha,
minuciosamente a sua alma.
É com ela que ele viaja.
Só ela sabe como anestesiá-lo
e levá-lo literalmente pra cama.
É uma paixão repleta de detalhes, que aquece.
Ele nem respira mais fundo.
O rubror já não escala mais seu rosto.
Ele tem visto o mundo superficialmente.
Só tem olhos pra ela.
Ela o deixa excêntrico, temperamental.
Ela faz com que ele tire flores do asfalto.
Descansam juntos, flutuam juntos à luz do luar,
sob o brilho das estrelas.
Ele vive suspirando pelos cantos,
porque acho que ela o impressiona
pela personalidade, que pra mim, pode ser resumida
numa única palavra: Incerteza.
Ela agarrou esse homem, o domina e o consome por inteiro.
Tumultuadas mágoas apertam meu peito.
No guardanapo do bar, minha poesia, meus desejos.
A caneta desliza meus medos e a certeza de que ela
sempre lhe estende as mãos para levá-lo ao céu
e quem sabe entregá-lo à morte.
Diria que preciso de um drink, com toda sua essência.
Diria que preciso do seu cheiro masculino e sem gelo,
se não fosse uma má idéia.
O nome dela?
Aguardente.
Mas, pode chamá-la simplesmente de cachaça...
Principalmente se também for íntimo,
se ela também beija sua boca, constantemente.


Cecília Fidelli.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

No show da vida,
nem sempre é possível voltar no tempo.
O que um dia dispensamos,
nem sempre estará no mesmo palco.

Cecília Fidelli.

Descansar no horizonte.

Gelados rumores,
caminham sem ruídos.
Uivos!
Caos primitivos.
Muita neve em palavras.
É preciso desafiar os ânimos.
Transformar.
Ainda há muito o que sentir.
Ainda há muito o que caminhar.

Cecilia Fidelli.
No natal, a paz sempre aparece
e é exaltada como celebridade
procurando redirecionar sonhos.
Por consequência, muitos corações
enchem seus dias do ano novo,
contando com a sorte.
Que pena!
Gostaria tanto de contar ao Lennon
que o mundo ainda não alcançou
o que ele imaginava...

Cecília Fidelli.
Responder

Relembrar, relembrar...

Há sempre um sonho não realizado
que vai permanecer sempre assim,
esquecido no tempo e não na memória,
não importando o tempo que passe.
Vez ou outra, ele se torna gigantesco,
justamente por sabermos,
que existe, que está lá,
submisso às páginas de um livro nunca escrito.
Mas a vida continua.
À cada epílogo,
o primeiro capítulo, atuando,
initerruptamente.
São momentos em que o tempo para
diante do fantasma da mágoa,
que não consegue abandonar o coração.


Cecília Fidelli.