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sábado, 22 de janeiro de 2011

"PARA CECÍLIA" ....

Não escrevo poesias, saudosas nem de alegrias
Só sei falar de amor, do meu coração doído...
mas dentro aconchego os melhores amigos,
como uma roseira entre o espinhal,
A desobrachar uma flor...

E, quisera eu Cecília, deixar-lhe neste dia
Um verso feito por minhas mãos...
Daqueles que tocam a alma,
encantam, traz paz e acalmam
Arrancam suspiros profundos do coração.

Mas, quem sabe um dia...
Alegre, entediada ou chorosa por esta melancolia
Eu venha escrever-te alguns versos.
E a ti dedicarei, não os prometo, não farei nenhum mural poético
Serão apenas simples, e os mais sinceros versos
Pelos de hoje que eu não te fiz...

Dilly Moussef

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Palavras sem recheios

Suspensos atos enaltecidos
razão some na sombra
sustentáculo sensível
elaborada consciência
abraça a alma
ofuscada acaba condenada
mas com domínio da realidade
mistura contemplativa
pura conclusão na dupla direção
pálida vaidade
desejo divorciado propenso
inclinado ao caráter
plena vida ativa
o entusiasmo gera uma citação
do melhor que se sabe
intelecto prazer dos sentidos
imaginamos existir o que não existe
nuvens dos erros
no armazém da natureza
estéril verdade doação útil
namorar e cortejar
gozar o bem soberano da natureza humana
cataratas de tintas assim o mundo
é banhado e envenenado
mastigar e digerir uma refeição
substanciosa, mas o prato é pequeno
sobre a mesa uma prosa
livro velho amarelado com aroma
doce em mofo exala, quantas vidas
refinadas absorveram a riqueza das metáforas
e agora são chicotadas nos nervos exauridos
pela velocidade das horas, da paz, de cada
vez que se diz um olá e um adeus.
Vida segue.

Aharon
Você é capaz de escrever um poema?
De guardar um segredo?
Tenho que admitir que não consigo sair do lugar comum.
Poesias, poemas, textos...
Tudo o que guardo dentro de mim.
Desforro assim.
Tento me recuperar.
Tento não sonhar...
É uma guerra.
Às vezes venço uma batalha ou outra.
Mas minhas crises poéticas não têm prescedentes.
Têm passado, antecedentes.
Têm presente.
E que ninguém atrapalhe meu caminho.
Porque tem futuro.
Momentos claros ou escuros,
sonho sonos profundos,
poemas que perturbem infinitos...
Nesse mundo de meu Deus.

Cecília Fidelli.

Doce indiferença...

A vida é assim.
Cheia de alegrias,
cheia de contradições.
Algumas utopias aparecem
nesses descaminhos,
desabrochando
antigos sonhos
pra depois rirem da gente.
Mas, como disse Éxupery,
tú te tornas responsável
por tudo aquilo que cativas.
Amanhã ou depois,
você pode ser a vítima,
de alguém que cativou.
Dos sonhos que plantou
e infelizmente,
não regou.

Cecília Fidelli

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Suicídio.

Trancou-se numa câmara de medos.
Depois, tentou uma tática de fuga.
Nem sinal de soluções.
Soluçou.
Assim partiu dessa vida,
sem manter ninguém informado.
Tentaram ressucitá-lo,
não conseguiram e disseram:
- Por enquanto, é só.
Quando recobrou a consciência no espaço,
viu o quanto ele era sem noção.
Tinha apenas trocado de roupa,
vestido o espírito com os tormentos da morte.
Foi quando um anjo afirmou:
- Bem feito.
Vai começar tudo de novo.
Vais renascer na terra
e só vai voltar depois do trabalho,
depois de ter cumprido a contento a missão.
Retorne só, quando for chamado.
Só volte quando realmente,
estiver pronto para "morrer".

Cecília Fidelli.
Cecília Fidelli:
Viver é uma aventura,
é sempre mais um passo,
mesmo que seja rastejante.
Constantes alturas, muitos tombos.
As noites...
foram feitas pra mim.
Na verdade, fomos feitas uma pra outra.
Durmo insônias em versos sem fim.,
acreditando que estou fazendo a coisa certa.
A vida é um paraíso de embates constantes.
Nos jardins dos meus caminhos,
toda hora é hora de partir.
As noites seguem.
A vida segue,
por isso é que a gente tropeça
e quase sempre... enlouquece.
Se fôsse tudo direitinho,
sem momentos de gritos,
não haveriam chôros
que nos trouxessem sorrisos.
Eu só escrevo para fazer afagos.
E porque eu tinha de encontrar um jeito
De alongar os braços e estreitar distâncias.

Rita Apoena✔

BORBOLETAS.



Tão raras.
Acariciam o ar.
Vivem soltas, tão suavemente, sem ódios nem golpes.
Ignoram que causam sentimentos tão ternos.
Repousam nas folhas, enriquecendo a paisagem.
Depois da dor de asas, representam fielmente a liberdade.
De maneira tão absoluta, trazem versos de silêncios.
Dançam soberanas, deixando vestígios de um Deus Maior.

Cecília Fidelli.

Detritos. - imagem de Nelson A.Bibow


Poesias.
Linha por linha,
tema por tema,
um apanhado de momentos contínuos.
Sonhos explícitos,
ressentimentos encobertos,
que não há como esconder.

Cecilia Fidelli.

Chuvas, Mortes... Lama.

O homem desafia,
a natureza alerta.
O homem insiste,
a natureza o acoberta.

Cecília Fidelli.

A melhor hora pra se casar,
é aquela que nos sentimos mais seguros.
Aquela que a gente acredita,
que nunca vai se separar.

Cecília Fidelli.