"Deixai vir à mim as criancinhas".

O que importa,
é a confiança nos deuses
que iluminam as trevas.
O que vale é o sol,
que conquista
o coração dos homnes
e também das mulheres.
Que ele cresça amanhã
na Boca da Barra.
(Itanhém - SP).
Que os barcos deslizem
instintivamente.
Que o horizonte explique
o amanhecer.

Cecília Fidelli.

Biblioteca Nacional do Brasil.

Com sede em um majestoso prédio
inaugurado em 1910,
a Biblioteca Nacional do Brasil
é uma das oito maiores do mundo.
Mais antiga que o Senado Federal
ou que a própria República,
a Biblioteca Nacional
tem sua origem ligada
à Biblioteca Real,
trazida ao Brasil em 1808
pela Família Real.
Seu acervo – 9 milhões de itens,
se expande constantemente,
graças a aquisições de coleções raras,
doações ou pelo cumprimento
da lei do Depósito Legal
(toda obra publicada no país
deve ser remetida à BN).
Sua principal missão é guardar
e preservar a cultura letrada
do país e, assim, defender
e preservar a língua
e a cultura nacionais.
A partir de 2011,
a Fundação Biblioteca Nacional,
instituição criada há 20 anos
pelo Ministério da Cultura,
também é responsável pela formulação
e execução das políticas públicas
do livro e leitura no Brasil.

Levando em conta o amor.

O amor,
causador de muito estresse,
vive sendo objeto
de estudos dos Doutores poetas.
Ele não se altera.
Só injeções de ilusões,
cápsulas de emoções
e
gotas de anseios.
Dor profunda no peito,
só versos no pensamento,
troca de toques,
promessas.
Planos que acordam
e
adormecem.
Nenhum antídoto.
Nenhum progresso.
Palavras reflexivas
em forma de poesias,
longas cartas
de saudade e solidão envelopadas.
Teimosos corações.
Encontros,
desencontros,
reencontros,
sentido evaporar momentos loucos.
Administrar um encanto,
pra cicatrizações de desencantos.

Cecília Fidelli.

Determinante.

O que o tempo espalha
em torno de si,
não sei.
Sei o que pratica em mim.

Cecília Fidelli.

Poema de um sublime pensador.

"O Tempo só anda de ida.
A gente nasce,
cresce,
envelhece e morre.
Pra não morrer,
é só amarrar o Tempo no Poste.
Eis a ciência da poesia:
- Amarrar o Tempo no Poste!
E respondendo mais:
- Dia que a gente estiver
com tédio de viver
é só desamarrar
o Tempo do Poste."

Manoel de Barros.

Se ela não for minha, não será de mais ninguém.

Foto: Minha irmã Alcione e eu.

Quando éramos meninas,
não haviam motivos
pra termos medo da vida.
Caminhávamos na enxurrada
na volta da escola,
sem pensar em acidentes,
sem pensar em perígos.
Brincávamos
com a cabeça tranquila.
Havia alguma sabedoria,
pais ou responsáveis,
disciplina.
Hoje elas se passam por mulheres
sem inocências tão pequeninas...
Que pena que as lágrimas
chegam tão cedinho.
Que nem os anjos,
querem carregar suas dores,
porque também estão aflitos.
Pena que anseios sublimes,
já não existam.
Que ao invés de bonecas,
o mundo lhes ofereça
precoces bebezinhos.
Nessa sequência
de manutenção de erros,
impulsos engolem sorrisos,
  ou então encurtam vidas.

Cecília Fidelli.

Laurent Laveder.

Fotógrafo profissional
e jornalista científico,
Laurent Laveder
criou a série Moon Games,
composta por diversas imagens
que mostram pessoas
interagindo com a Lua.
Capturando as cenas por um ângulo
específico, o artista faz parecer que
o satélite está realmente ao alcance
das mãos dos homens
e mulheres que, posando para
as lentes do artista, brincam
de jogá-lo para cima,
ou pousá-lo na xícara de café.
Especializado em fotos do céu,
Laveder faz parte do coletivo
The World At Night,
que reúne 30 dos melhores
astrofotógrafos do planeta.
Trabalhos excelentes!

Agora... Quaresma.

Carnaval é uma viagem.
A gente só volta
na quarta-feira de cinzas.
Magia colorida,
alegria,
tocando a euforia.
Na quarta o espaço
é para o trabalho.
Nunca ficamos parados.
Repetidas batucadas.
Só que daqui pra frente,
sem termos
como esconder as realidades
do dia-a-dia.
Mico pago...
Novos confetes.
Outras e extensas serpentes.
Digo,
serpentinas.

Cecília Fidelli.

Mário Pirata. Inspiração, não trocadilho.

Mário Pirata
é da turma de 1957
do Ensino Superior
do Planeta Terra.
Tem uma religião: Deus.
É dos meus.
Com a diferença que eu
sou da turma de 53.
Nesse mundo terrestre
de ilusões e sonhos...
Mário cria uma riqueza dessa!

Cecília Fidelli.

Povos.

O estranhamento diante da diferença
não precisa ser vivido
na forma do racismo.
É possivel vivê-lo
como encantamento !
E que não nos esqueçamos:
- O preconceito ou sua negação,
são aprendidos na cultura.

Dênis Petuco.
( Consultor no Ministério
do Desenvolvimento Social
e Combate a Fome).

Eu vejo diferenças
entre os humanos, sim.
Uns são mais feios,
outros mais bonitos.
O que vale é o que
trazem dentro do peito.
Almas e corações tanto acariciam
quanto agridem.
Os mais bonitos compõem-se
de virtudes que os qualificam,
ou pelo menos se esforçam
sinceramente pra isso.

Cecília Fidelli.