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sábado, 30 de julho de 2011

Com as mãos no coração.

O coração é tão importante!
Ele nunca tira férias.
Bate por você sem parar.
Permite que você se emocione
em momentos e datas especiais.
Pulsa, pulsa!
Determina paixões.
Exalta tristezas.
Guarda alegrias, guarda rancores.
Reserva dores.
Ele aconselha, aperta.
Fica em paz ou entra em guerra.
Dá vida, disfarça afeições.
Ele chora, sorrí.
Ele é incrível.
Ele vive muito atribulado.
Revive o passado,
Confronta a saudade,
proporciona suspenses.
Ele é só seu.
Ele move, explica, engana.
Não raramente sangra,
quando é visitado
pela solidão.
Ele bate fundo no seu peito,
do seu jeito.
Transborda em carinhos.
Perde a razão.
Ele se abre, ele se fecha.
Certeza absoluta:
Petrifica, mas amolece.
Grande ou pequeno,
pulsa, pulsa e pulsa.
Se enche de magia, esvazia.
Grita infinitamente.

Só quando morre silencia.
Reflete fraquezas
ou dispara em covardias.
Entope a gente de poesias.
Tem pensamentos puros,
pensamentos impuros.
Ele é assim...
A nossa estrela, o nosso tempo.
Nossos dias, nossas noites.
Tem uma única edição.
Ele é tudo de bom!
Ele fere, se machuca.
É ele quem nos revela.
É humano, é desumano.
Ele é a flor do nosso jardim interior.
É ele quem posta em nossas almas,
o link do esplendor do amor !!!

Cecília Fidelli.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cruzes !!!

Por acaso,
o destino,
por instinto,
me põe do avesso
com efeito,
quando põe poesia
em minhas mãos.
E eu vou aproveitando.
Caminho sem volta.
Palavras cúmplices
ontem e agora.
Sólidas.
Quanto mais eu gasto,
mais sobra.

Cecília Fidelli.

Surto materialista.

O que estou pensando agora?

Gostaria de ter na bolsa,
umas 30.000 notas de R$ 1,00.
Acho que não estou muito romântica.
Só não faço uma promessa,
pra não contrair mais um dívida.
Sem grana, a gente realmente, dança.


Cecília Fidelli.

Psicoesferas.


Estou dando um tempo
em companhia
de lembranças distantes.
Esperando respostas.
O que elas têm a me dizer?
Ficam assim silenciosas,
enquanto tiro imagens da memória.
Há sempre alguma coisa
lá no fundo,
que incendeia ou incomoda.
Que não facilita o entendimento.
Uma vida e tantas histórias.
Algumas exuberantes, fixas,
outras variáveis, simplórias.
Que alimentam, fermentam a alma.
Coração e cérebro e seus reflexos.
Poesias que se arriscam
a constatarem algumas fatalidades.
Essas sim, duram.
Alguns conflitos íntimos
persistem inalterados.
Muito pobre a nossa linguagem.
Difícil descrever
tudo que acompanha nossa áurea.
O que se foi e o que ficou.
Mentiras escabrosas
e verdades sagradas,
solenes,
que eventualmente
se dispersam,
mas, sempre voltam
ao nosso universo.
Elementos que desorientam
e enfraquecem.
Algumas substâncias
de situações
na consciência humana
dentro de inteligências incompletas
com as influências
ou interferências externas.
São integrações
que produzem
fenômenos nostalgicos concretos.
Voltar-se aos semi-esquecidos,
têm nome:
- Saudade,
se eu não estiver errada,
em noite de lua cheia,
cheia de estrelas,
diante de um céu
que se duplica em tamanho.
Poetas
conhecem bastante essa tragetória.
Poesia pelo ar...
E como é difícil
mudar o rumo dos pensamentos.
Vida noturna poética...
A rigor, filosóficas, telepatias.
Negativas ou positivas,
amor ou rancor,
combustíveis intensos.
conforme os tons das emoções.
Ilusões, con/textos certos.

Cecília Fidelli.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Resgate-se.

Enfartado e farto?
Dessa vez foi por pouco, heim?
Culpa das tensões.
Cuidado!

Marcamos as horas.
Combinamos com o relógio.
Tudo se repete.
Irrita ou aborrece?

Renova sem parar,
sem se perguntar
que horas são.
E tem que ser feito agora,
sem demora.

Com determinação
mas sem muito sangue frio.
Ao sabor do tempo
absorvemos sentimentos.

Atento
aos impulsos do coração
enquanto ele ainda está batendo.
O que você acha disso?

É tempo de caminhar
pelo tempo que for.
Em frente!
O relógio anda.
A fila anda.

O que não quer dizer
que a vida
está simplesmente escapando.

Então...
Não vale a pena
simplesmente sentar,
e ficar esperando.


Cecília Fidelli.

Cartão Poético

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Não esqueçam.

Se querem o meu sorriso,
podem apostar,
vão levar.
Se querem minhas lágrimas,
expressões no olhar
que demonstrem ferimentos...
Olha só,
deve ter alguém disponível por aí.
Pode até ser que eu nem sempre,
pareça muito feliz.
Só que mal humor desmedido
requer um pouco de habilidade.
Precisamos trabalhar nossas emoções.
Não diria que estou intacta.
Mas... na vida,
a gente tem que dar um tempo
e esquecer
um ou outro detalhe
de momento.
Não é um plano.
É uma meta.
Se quiser sirva-se de um pedaço disso.
Em vez dos meus poemas sombrios,
fique com minhas sugestões felizes.

Cecília Fidelli.

Intervenções.

terça-feira, 26 de julho de 2011

26 de Julho - Dia da Vovó!

Vovó no sofá fazendo tricô
ou fazendo bolo de cenoura
na cozinha.
Vovó contando historinhas.
Eu entendo como experiências.
Como uma das pessoas
mais importantes de nossas vidas.
Criou os filhos,
paparica os netos.
Eu entendo como carinhos.
Ela está na net
trocando idéias com outras vovós?
Ela está inteirinha?
Tenho minha avó na memória
e num porta retrato.
Não estou triste,
apenas cheia de suspiros.
Eu entendo,
como afeição eterna.

Por isso sinto ela assim,

bem pertinho.
Entendo como Amor Divino.

Cecília Fidelli.

Usando o tempo.


Se eu pudesse reter o tempo,
o reteria no que estou fazendo.
Neste exato momento.
Ou pelo menos,
dava uma pausa.
E então,
continuava refletindo:
- No valor da vida,
na importância do amor.
Ainda bem que já fiz tudo que fiz.
Que bom, meu Deus,
que fiz tudo isso!
Um pouco de poesia
e dois filhos lindos.
Tenho o corpo e a alma,
sem obscuridades.
Depois...
vai ficar pra depois.

Cecília Fidelli



domingo, 24 de julho de 2011

Do jeito que tem que ser.

Joguei uma moedinha
no poço dos desejos.
Fiz um pedido: Uma varinha mágica.
Pedí um mundo de paz e de aconchego.
Isso mesmo.
Sem defeitos, com respeito,
sem muito dinheiro.
Um mundo só de encontros,
sem desencontros.
Um mundo sem dor.
Nada de uma dorzinha aqui, outra alí.
Com hospitais de portas fechadas.
Sem pacientes.
Bem colocado no espaço.
Sem madrugadas frias.
Da mais completa harmonia.
Pedí um novo despertar carinhoso.
Onde apenas o sol permanecesse,
envolvendo a escuridão.
Um mundo sem saudades.
Sem espelhos
que refletissem os imperfeitos.
Noites cheias de estrelas.
Atapetado de rosas em botão.
Momentos e mais momentos
seguidos de amor,
e de caminhos muito bem cuidados.
Um mundo sem medos.
Ânimos, cheios de entusiasmos.
Sem mentirosos, sem trapaceiros.
Um mundo realmente, diferente.
De vibrações puras, poéticas.
Desenhado de emoções e conquistas.
Num universo,
sem limites de bons pensamentos.
Contente.
Verdadeiro.
Possivel de realidades,
não de sonhos, nem de ilusões.
Sem murmúrios,
sem choros,
livre de condicionamentos.
Um mundo onde houvessem
apenas planos para sorrirmos.
Mas para sorrirmos com estilo!
De amigos importantes,
pelo simples fato de serem amigos.
Um mundo treinado
em tudo que é apaixonante.
Gostoso.
Um mundo novo, em folha.
Inocente.
Infantil.
Colorido.
Divertido.
Cultural.
Musicado.
Consagrado de homens abraçados.
De trabalho honesto, honrado.
Inteligente, lindo,
que gerasse a felicidade.
E é isso.
Um dia
vamos nos deparar com a sensação
de que já está acontecendo.

Cecília Fidelli

A Rival. - Autora: Cecília Fidelli