Direitos Autorais -
Lei número 9.610 - de 19.02.1998.

Ao repassar, respeite os direitos autorais.

sábado, 18 de maio de 2013

O outono.

 Chuva e frio mais do que deveria.
O tempo realmente não contém seus impulsos.
A alma fica cheia de nebulosidade,
o humor fica como aqueles dias indecisos
de sol entre as nuvens.
Ela fica sensível,
chorosa,
em silêncio,
cada vez mais pesada,
estranha,
procurando aquele agasalho feito de lã macia.
E o vento forte que paralisa,
constrange
e acaba secando aquela lágrima
que se apresenta com base tão sólida,
empedrando,
ferindo o coração
quando nos sentimos esquecidos.
Circunstâncias externas que afetam os sentidos.
Até as entranhas.
Aquele momento mais que imperfeito
 de uma inesperada saudade.
É,
 o Outono sugere resgatar laços afetivos.
Um afago,
uma palavra carinhosa,
um beijo.
Uma vontade que só termina
quando termina a insônia.
Definitivamente,
uma grande expectativa,
 causa uma fria e triste decepção.

Cecília Fidelli.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Como o ponteiro de um relógio ...


Temos tempo


Além disso ...

Adoro finais felizes !!!
Não só ao final de cada novela,
cada livro,
cada filme,
cada música triste,
cada peça de teatro,
cada desenho animado,
mas ao final de cada dia.
Só que todos os dias,
tem sempre alguém
ou alguma coisa que dá o contra.
Ventos favoráveis não duram muito tempo.
Avaliar tudo o que experimentamos,
tudo o que idealizamos é muito difícil.
Por isso temos que nos contentar
com o que sobra,
com os resíduos.
A vida é repleta de artimanhas.
Isso pra não usar nenhum termo pejorativo.
Ela nos conduz sempre a algum tipo
de dependência desastrosa.
Em contrapartida temos a ousadia,
de cultivar nossos sonhos
como se fossem deuses sublimes.
Por fim o discernimento acaba vencendo.
Sem exagero,
 nos rendemos às regras,
às evidências.
Quem não adora finais felizes?
Eu acredito mesmo,
que estamos sempre sintonizados
aos milagres prováveis.
Se matam um de nossos sonhos,
nasce outro quase que imediatamente
e ele nos devolve o equilíbrio.
Ou é um falso conceito?
Ou nossa tendência é projetar,
canalizar e expandir nossas emoções
a esse desequilíbrio?

Cecília Fidelli. 

Momentos cruciais

 Vivemos num mundo
 de fatos e conhecimentos milenares,
que tanto se propagam quanto se modificam.
Até estudos sérios
 sobre os mais relevantes assuntos,
não raro têm caído no ridículo.
Teorias pràticamente não existem.
Prevalecem as práticas animalescas,
 regidas por incompetências,
incompetências cúmplices,
descabidas e sem fim.
Migramos para o fútil,
 no planeta,
 no Brasil,
para a imoralidade nas asas da tensão.
Sábios,
 iluminados preciosos se afastaram,
foram influenciar outros mundos,
 porque esse,
esse ficou muito pequeno,
 eles não cabem mais aqui.
Não conseguiram ficar
 nem em pontos estratégicos.
Nós não os temos visto.
Aqui não tem mais lugar pra princípios,
valores,
 consciência,
 sentimentos,
convivências realmente pacíficas.
Com o passar do tempo,
 fomos adicionando Carmas
sobre Carmas já existentes.
Nem pra pensar temos mais autonomia.
Acima de nós há uma hierarquia maldo$a,
rigorosamente oposta
 aos ensinamentos do Cristo.
Perversa,
 sombria,
 pela qual temos sido absorvidos
no plano físico e no plano espiritual,
visível na maioria dos indivíduos.
Alguns na pretensão de reorientar,
vão fàcilmente à prepotência
e muito mais do que a gente imagina.
E os bons se omitem.
Estamos desprotegidos e pior,
nos conformamos com isso,
não damos a atenção devida.
Consequentemente,
 nos submetemos
ao consumismo,
 às drogas (lícitas ou ilícitas),
à corrupções e politicagens,
à violência sem freios,
 ao banalismo.
Entretanto queremos justiça,
 amor
e quem sabe até a integridade dos anjos
como passaporte pra entrar no céu um dia.
Só que quem emite,
deu de pinote.
Disfarçou e sumiu.
Já não sabemos mais quem é vilão,
quem é vítima.

Cecília Fidelli.-