Por ocasião
do Dia Internacional da Mulher,
a ser comemorado
em 8 de Março p.f.,
quero falar sobre a modernidade
dos novos relacionamentos.
Os relacionamentos
do mundo moderno,
na horizontal.
O ficar em vez de namorar.
Principalmente a mulher,
ficou generosamente impulsiva.
Ficar dolorida, machucada.
Machucar.
E isso marca.
Porque tudo nessa vida
gira em torno dos convívios.
Ficar por quê?
Por carência,
pra experimentar,
observar,
descobrir e descobrir-se?
Graças a Deus,
essa emoção eu não sentí.
A - felicidade - desta prática
nada duradoura
não exprime
as nuances do inesquecível.
Pergunte-se:
- E seria mais resistente?
É aí que está a força da mulher?
Ou é apenas uma febre passageira?
Difícil aceitar
qualquer argumento nesse sentido.
Pra mim,
não existem razões
nem motivos claros,
muito menos justificáveis.
Mecanismo.
Apenas mecanismo.
Não existem mais paqueras,
o namorar,
andar de mão dadas?
Onde ficou ou adormeceu o amor?
Na hipótese?
Não existem mais seres
mùtuamente especiais
que andem de mãos dadas,
que guardem pra sempre a sensação
do primeiro beijo?
Um verdadeiro balé de fantasias
no palco de um modernismo barato,
que desvaloriza tanto o homem
quanto a mulher,
e podem desestruturá-los
emocionalmente.
Nem garotos nem garotas
do meu ponto de vista
tornam-se assim,
realmente interessantes.
Bem antes disso,
até o fim de uma balada,
um ou outro dá o fora.
Ainda que a mulher encante,
amanhã ou depois ela vai embora.
Vai ficar com um amigo,
com um desconhecido,
entrar em outro
relacionamento improvável.
Meio que tanto faz como fez.
Muito faz-de-conta.
Se o homem ficar apaixonado
o mais provável
é que tenha que ser compreensivo.
Um coringa, dois coringas...
E o que é pior,
isso acontece
dentro de padrões internacionais.
Ninguém está preocupado.
Na fila.
Se deu, deu.
Se o maior desafio da mulher
a ser vencido,
era por exemplo,
se dar ao desfrute,
engravidar já na adolescência,
ter um filho com um,
um filho com outro,
detendo a felicidade
de tantos envolvidos
por influência e exemplos
da mídia talvez que por sua vez
oferece os mais variados modelos,
entristeço.
E a mulher vai entrando
de cabeça,
com o pé direito,
em afeições inconsistentes.
vai passando o rodo,
praticando o egoísmo,
por prazeres passageiros,
desvinculando-se
da responsabilidade que lhe cabe,
dos sagrados laços da família.
Sim,
porque é a Mulher
quem dá o tiro certo ou incerto,
não o homem.
E o respeito por si mesma?
Só lamento.
A filosofia de que o que importa
é ser feliz a qualquer preço,
repetindo tentativas,
excluindo-se seriedades e magias,
que transformaram-se em detalhes,
é um falso progresso.
Não é definitivamente evolução.
Aliás,
em todos os ramos
das atividades humanas
o mau impera.
Há quem diga
que não há mais hipocrisia.
Eu diria
que muitas máscaras caíram,
gerando solidões concretas.
Que é pela total independência
que a mulher
está se distanciando do homem.
E pelo total comodismo,
pela total passividade
que os homens
estão deixando escapar as mulheres.
Neste Dia Internacional da Mulher,
eu particularmente,
não tenho nada a comemorar.
A mulher,
uma fonte de ferro,
é quem dá as cartas.
E uma grande maioria delas
anda jogando no time da vulgaridade,
levantando a bandeira do imoral.
Cecília Fidelli. |