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Lei número 9.610 - de 19.02.1998.

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Mande beijos. Retribuo.

Essa vida tem muitas paradas.
É um refrão constante.
Temos que dançar sempre
conforme a música.
E quem se considera auto-suficiente,
acha que nunca
vai precisar de ninguém
pode ter certeza de que
a vida ensina.
Uns gritam outros se calam.
De um modo ou de outro
todos reagem.
Mais lamentável que,
aos que são,
simplesmente,
ignorados,
é aquele que ignora.
Está plantando "distraído".
Não devemos brincar
com os sentimentos alheios.
Pode ser muito mais longo
o nosso próprio sofrimento.
Uma boa palavra,
um abraço,
um eu te amo,
devem ser usados constantemente,
sem auto-controle.
A terra
é uma ferramenta eficiente
ao nosso espírito.
Queima e afoga.
Intervém tantas vezes
quantas forem necessárias.
Ou cedemos
ao amor ao próximo,
principalmente,
àquele que está bem próximo,
ou vamos ser surpreendidos
em nosso próprio íntimo.
E com o tempo,
um dia vamos olhar pra trás
e tentar justificar com...
"não tive sorte nessa vida".

Cecília Fidelli.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ondas

Nuvens vão jantando o sol lentamente
Lavam seus lábios levemente no mar
E ouvem o coral das ondas murmurando
Suas coerências.

Pego fatias de alegrias que dançam entre as brumas,
Minha voz cantarola timidamente entre vagas
Respirações e esqueço-me de mim.

Inspiração nenhuma as marolas trazem,
Mas o vento sussurrante vai descortinando
Um céu de bronze no qual se faz um mergulho
No algodão doce do esquecimento,
amigo do tempo lavando a jato o sorriso da solidão.

Aharon

Poeta,
você tem um instinto
próprio de conservação.
Vive paciências
e
agressões da vida,
num infinito duelo
com as palavras...
Coisas da alma que elevam.
Coisas de sentimentos certos.

Cecília Fidelli.
(Para Nelson Aharon)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Como é bom sonhar!

Humanos isolados no egoísmo...

Até parece que não existem
soluções viáveis
para tantos problemas sérios
nesses nossos tempos.
Polêmicas apenas.
Intenções passam-se por atitudes.
E essas "atitudes" são sobrepostas
umas às outras.
Índices detectam as tendências.
A gente se surpreende e cala.
Não é só por aqui.
Se dermos uma volta ao mundo,
vamos nos deparar
com os mesmos discursos.
Inovação e conceito
também parecem ter
o mesmo significado.
Resposta refúgio:
Todos globalizados.
Mas cada um,
no seu quadrado.

Cecília Fidelli.

Pérola Negra homenageia Itanhaém no próximo carnaval.

Você tem um amor?


Personalidades controladoras
coagulam sentimentos,
provocam alterações cardiovasculares.
Qualidade de vida
é afetividade sem aquela repressão
que gera angústia,
que não provoca contradições
mas aquele contraste
distinto sim,
mas definido,
que equilibra,
que nunca nos faz voltar atrás
ou fugir,
mas faz a gente se encontrar.
Viver um amor é ter
o brilho do sol nos olhos.
É poder gritar aos quatro cantos,
a quem quer que seja,
que nosso alguém cintila na gente,
de maneira que possamos dormir
como anjos.
A felicidade completa
é um foco eterno
por podermos caminhar juntos
diante de tudo e de todos
sem um único vacilo,
sem uma única parada.
A quem tem
um verdadeiro amor nada falta.
Um amor
não põe a alma em desconforto,
não precisa dar tempo ao tempo
e tem tempo de sobra
pra renovar o coração com emoção
constantemente.
O amor
deve nos envolver de tal maneira
que tudo o que se deseja
é ficar junto
seguindo a vida lentamente
conservando a consciência
de si mesmo.
Quem nos ama não nos toma
de assalto instantâneo gratuitamente.
Mas nos conserva
serenos e tranquilos.
Tem luz na essência não sombras.
Explica não confunde,
não limita.
Reestrutura
sem que a gente possa sequer
pensar em questionar.

Cecília Fidelli.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Pense nisso, hoje ainda.

Nascemos de um jeito
e desencarnamos de outro.
Se nos tornamos melhores,
se partimos
com a consciência tranquila,
o "fim" fez justiça.
Do contrário...
Não teremos Deus
no momento talvez,
que a gente mais precisa.

Cecília Fidelli.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Está escrito ?

Conduzimos nossas vidas
criando nossos próprios impactos,
nossos próprios dissabores.
Crianças e idosos,
estremamente frágeis,
eventualmente são conduzidos.
Por algum milagre da vida
as sinalizações se posicionam
e os sinais da face não se apagam.
Quando tudo parece lento
é que a velocidade vai aumentando.
Menos idade, meia idade ou mais idade,
minuciosamente contados.
Aos jovens, mais um dia.
Aos velhos, menos um dia.
Mas nem sempre
tudo vai ficando mais tristonho.
É tudo assim mesmo.
Todos vivendo
e sempre aprendendo.
Uns se chocam
e,
ou morrem ou saem feridos.
Bater de frente é que,
às vezes,
não possibilita voltar.
Enfrentar
quem vem em sentido contrário,
mas nem sempe acelerado.
Nas estradas da vida
muitas vezes,
somos levados pelos córregos
ou engolidos pelos rios
sem saídas de emergências.
Em trânsito os sentimentos
que precisam de paciência
mas de águas límpidas pra navegar.
Na chegada ou na saída
um mar de gente a nossa frente
pra gente se encaixar.
Se seguirmos juntos,
se conseguirmos juntar
meiguices sem caricaturas,
teremos nos integrado ao mundo
e atenderemos
os nossos próprios gostos
por um coração sempre novo,
pelo verso sábio mesmo que nervoso
e pelo doido.
Além dessa conversa de hoje
as tentativas
e as estratégias de sempre.
E que bom que
com o direito de se queixar.

Cecília Fidelli.

Contando as noites, dia após dia.

Dormir no chão,
num papelão
ou
numa almofada velha
de plantão
sob a influência da lua
sobre as emoções.
Olhar perdido,
nada tranquilo,
tentando
conquistar uma estrelinha
que transita na imaginação
iludindo a tristeza
que segue com o vento
e por alguns momentos
trás o sono perfeito.
Visões, sem direções.
Gradativamente,
o inconformismo
vai ficando
temporàriamente suspenso.
A madrugada aconchega
onde quer que esteja
recostada a pobreza.
Onde quer que a desigualdade
adormeça.

Cecília Fidelli.