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sábado, 17 de dezembro de 2011

Escuridão e Ansiedades.

Corações.
Procedimentos.
Sonhos.
Ilusões e decepções.
Os homens deveriam se revelar
pela inteligência
e têm se tornado transparentes
nos danos que causam
uns aos outros.
Definitivamente,
não estamos na rota certa.
Só intenções
na certeza de dominarem o mundo.
Um pantanal de sangue, ódios,
se embrenhando em vícios
e outras fraquezas indígnas
como selvagens.
Quem sabe
até onde ou até quando?
Qual será a melhor forma
de viver e conviver?
Planeta de macacos
que não dividem proporcionalmente
seus cachos de bananas.
Sinicamente se surpreendem
com os fatos mais estúpidos
que se consolidam
em covardias e violências.
Temperamentos cheios de egoísmos
que usam a força da inteligência,
ao pé da letra para ampliar círculos
de verdadeiras barbáries.
Melhorar o homem.
Como é que se faz isso?
Muitas coisas não entendemos
nem procuramos entender
desde que não seja com a gente.
Regenerar as doenças da alma
é sobretudo preservar  vidas.

Toda e qualquer vida, tão ricas.
Pra infelicidade maior,
assuntos de relevância
parecem campos minados
mais um ponto
de discussões e discórdias.
Assim vamos caminhando,
com estatísticas, sem prognósticos.
Os que poderiam transformar
muita coisa pra melhor,
se fingem de mortos.
Quando não compactuam, omitem.
É preciso ressaltar
que vem aí o Natal e o Ano Novo.
E vamos combinar que é preciso deixar
de tantas sugestões às reflexões
como se cada um de nós
fosse dono da verdade
e partirmos para ações.
Natal e Ano Novo.
Paz,
não é sinônimo de trégua.
Como papai-noel moderno,
vamos escalar
embora seja tão penoso.

 E seguir aquela estrela
não com pequenos
mas, com grandes gestos.

Cecília Fidelli.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mais 365 dias.

Passando
por diversos passantes da vida,
vejo
em ruas e trilhas
alguns olhares esbugalhados
que suplicam
por ombros e ouvidos
em discursos encachaçados
sobre crenças e sabedorias
que narram as misérias do Natal.
Também são poetas,
tentando acertar pontos e vírgulas
mesmo sem saber porque.
Andarilhos cadavéricos
em seus cantos infectos,
arquitetando punições
às injustiças sociais.
Andarilhos
de becos e marquizes
que dormem
em cobertores ralos
que mal agasalham.
Tão finos
que mal aquecem,
apenas enxarcam
cafés solitários,
de ressentimentos e lágrimas,
acordando xícaras
e garrafas de aguardentes vazias
na expectativa
que toquem logo
os sinos das consciências tranquilas
que ceiam e dormem
o sono dos injustos
enquanto esperam
a fome passar.

Cecília Fidelli.

À Cegueira Humana.

Temos uma época.
Com muito progresso
e repleta de absurdos.
Temos um Planeta.
Chama-se Terra
que de vez em quando
bate no peito e grita:
Não estou sendo sustentada
com a preservação que os sustenta
e vocês pensam
que estão ficando ricos.
Parafernálias.
Mas temos o céu
acima do telescópio da alma
e todas as suas estrelas.
Vejam como elas são bonitas.
Sem fotoshop
e
gratuítas.
Não caberiam num chip.
Seria bom consertarmos
o que ainda é possível.
Desconfiómetro
é o melhor remédio pra miopia.

Cecília Fidelli.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Beira de Abismo.


Chegou de mansinho,
levou meus versos,
meus carinhos
e seguiu seu caminho.
Mas sentiu de pertinho
aquele calorzinho

que deixa saudade
e hoje quase enlouquece.
O coração tenciona
não se permitir tristezas
quando deseja ardentemente
vivenciar um amor
como os de novelas.
Quando isso acontece
nós o advertimos,
mas infelizmente,
fatalidades,
não se escolhe.
Acontecem.

Cecília Fidelli.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ao infinito e além.


A vida é um casulo.
Com o tempo vamos criando asas.
Depois de muito nos debatermos,
quando ele se rompe
nos expandimos
para outras dimensões.
Metamorfose ampliando a alma
no vôo da liberdade do espírito.
As mãos do tempo
podem até parecer inimigas.
Mas apenas levam a carne
e nos revelam misteriosos fantasmas
que permaneciam escondidos
em sucessivos nevoeiros frios.
Nos tira da multidão.
Não anula a disposição
de consagrarmos a vida.
Em qualquer circunstância.
Longevidade é cintilar
em paraísos
supostamente perdidos.

Cecília Fidelli

Disformes magias.

Opacos ou brilhantes,
somos todos paranormais,
mal assombrados.
Poetas insones aos saltos.
Misturamos emoções
concretas com imaginárias.
Prevemos opostos deformados.
Distraimos narrando.
Acreditamos em vírgulas.
Realçamos fatos.
Raivosas fantasias concentradas.
Confrontamos emoções sombrias,
mas também iluminamos atalhos.

Cecília Fidelli.

Alívio.

Chove no meu jardim.
São gotas de afagos ritmados
e as flores
que eu até já havia esquecido
exalam perfumes e brilham
exaltando as cores da manhã.
Basta fechar os olhos
pra regar as primeiras horas
do meu dia.
É que as lágrimas
estavam desacostumadas
de sentir as compensações
que vem do Alto.
Posso transpor o verníz.

Cecília Fidelli.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Temores e Magias.


Nas fronteiras dos poetas trágicos,
realidades são vivenciadas
como contos suspeitos.
Já no clima das angústias reais,
pormenorizam outros dilemas,
ensaiando outras fobias.

Cecília Fidelli.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Feliz Natal !!!


♪♪ Hoje
é um novo dia
que começou
com uma lua cheia linda
que não deprime ninguém.
Filha única da Terra,
misteriosa
de alma terna
está servindo os poetas.
Eu daria uma volta em torno dela.
Faria com que ela cedesse
e iluminasse todas as trevas,
pra que as alegrias fôssem de todos,
pra que os nossos sonhos
fôssem verdades,
mas o futuro não começou.
Afinal,
o horizonte é nosso,
mas o trenó
do papai-noel. ♪♪

Cecília Fidelli.

Feliz Ano Novo!!!


2012.

O homem ainda é um menino
desenhando seus medos
usando o cotidiano de ponta a ponta
a seu bel-prazer.
Não vai mais além dos portões da alma.
Só quer experimentar novas sensações.
Faz feitos perigosos, pula etapas.
Que festa!
É um poderoso animal fatal.
Rompe afeições
sob o manto da ganância
e ruge violento.
Com a insegurança em movimento
desestrutura estilos românticos,
vive o momento, a globalização.
Só quer ser feliz.
O homem sabe que escolhe.
Então sugere polêmicas,
planta dúvidas, dívidas,
em todos os sentidos e com lupa.
Reconhece que tudo é fase
mas repete erros.
Se não planta dores amplia.
Assim se supera.
Canta com o sentimento
mas familiariza-se com o batidão.
Quer alcançar a perfeição
sem trabalhar, exatamente,
em função do amor.
Quando encara uma poesia,
uma crônica extrema,
diz que não tem tempo
para o sofrimento,
que é preciso viver, ir longe,
comprometido com os resultado$,
com as associações
com as quais está envolvido,
não com conteúdos.
Adapta-se à falta de transparência,
de ética, de segurança,
de saúde, de educação,
cada vez mais valorizados,
cada vez mais exigidos,
cada vez menos implantados,
mais esquecidos.
Poucos decidem o futuro de muitos.
E não me venham com um...
Relaxa, por favor.
Corporações de grande porte
é que avaliam as necessidades,
as realidades,
de acordo com as suas conveniências.
Isso dura o ano inteiro,
ano após ano.
Uma soma de compactuados.
E no final do ano faz confraternizações,
entre necessidade$ e marcas forte$,
devidamente patenteadas, claro.
E entre essas ilusões e as desilusões
vai vivendo num teatro de fantoches.
Rí quem pode
exalando um...
Chore quem quiser.
Que em 2012 cada um de nós
empregue seus esforços
em extirpar todo mal que devora.

Cecília Fidelli.