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Lei número 9.610 - de 19.02.1998.

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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Carência de Arte Escrita.

Preciso
de
uma
poesia
precisa,
detalhada,
indicando
e
disponibilizando
utopias.
Uma
poesia
bonita.
Bonita,
não.
Fantástica!
Escrita
por
um
poeta
louco,
com
conhecimento
de
causa.

Cecília Fidelli.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Olhos cansados.

Tempo parado
e aquele risco de absorver
um ar irrespirável,
de criar um poema-retrato,
com a intenção definida
de reproduzir a própria imagem.
Aquela vontade de um chàzinho,
um cafèzinho,
um carinho,
com o apôio do friozinho ...
E contar ao papel
o quanto o Planeta é pequeno,
que falta o ar.
Que os sentimentos silenciosos
tornam-se ainda mais eloquentes,
mais arrojados
quando a dor de cabeça implacável
é quase irremediável.
Sensações próprias do outono-inverno
que combina marrom com cinza
em vez do amarelo ensolarado
com azul claro.
Cadê a luminosidade prateada da lua?
Resta adormecer mais cedo
pra recompor-se
e facilitar as manobras
do dia seguinte.
Cumprir os horários de xale
pra prevenir-se dos refriados,
logo depois de ascender o abajour,
bem cedinho.
Fazer uma oração eficiente,
apuradíssima,
em velocidade baixa,
mas com os faróis altos
ao trajeto lento.
Palavras nada rotineiras,
alma além-fronteiras.
Poemas.
Olheiras.

Cecília Fidelli.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Todos nós temos um lado desnecessário...

Dia nublado,
longo
e extremamente debilitado,
vem intervir no humor da gente,
vem intervir
na atmosfera íntima.
A natureza tem mesmo
amplos poderes.
O outono melancólico
me invade.
A tática é o silêncio
ou o gargalhar do vento.
Uma espécie
de deus ao avesso.
Preciso lembrar
que não posso
esquecer de mim.
Ando gelada
como um cadáver.
Que vontade de deixar tudo
e cair no mundo.
É preciso ter coragem
pra buscar na mente
uma imagem diferente.
Mas a solidão
está associada
bàsicamente às árvores depenadas.
Acho que a função desse friozinho
é aplicar conceitos teóricos
inconscientes.
Na horizontal a neblina.
Na vertical um não sei o que
tão extenso,
bastante vago.
Mas ...
Preciso lembrar
que não posso
esquecer de mim.

Cecília Fidelli.