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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Pensamento.


Noite e Dia sem parar.


Sombras na boca da noite.
Ruídos poéticos
se estendem além da lua.
Seu mel adoça as estrelas.
O vinho define a essência
dos sentimentos,
sob a taça da poesia.
Navego no silêncio,
na penumbra.
Eternizo
incontáveis momentos
afastando
as densas nuvens.
Nas asas dos sonhos,
o pijama me chama.
A alma boceja
sob o olhar da ternura.
Amanheço de olhos fechados,
mas já na fila do sol
rascunhando magias.

Cecília Fidelli

Cartão Poético

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Verso a Verso.

Fala, descreve, cria.
Vive e transmite.
Esclarece, confunde.
Enfeita o caminho
com pedras ou flores.
Solta o grito.
Inclina-te na noite,
apoia-te no tempo.
Relaciona-te.
Entrelaça-te na sede
de louca alma.
Expõe os hormônios,
seda teus medos,
rasga os véus da lógica.
Desmedidamente.

Cecília Fidelli.

- Devidamente revisado por:
Joaquim Moncks.

Mãos generosas.


Que adjetivos atribuir a um coração
que aparenta ser de pedra,
por ter a alma e a vida massacradas?
Palavras e pensamentos menos nobres,
de momento,
podem prejudicar ainda mais.
Mas uma palavra amorosa,
um poema que toque,
eleve,
pode chegar na hora certa.
Seja o primeiro poetamigo

sem esquecer daquele ponto final
que encerra,
cala,
injeta menos mágoa
e espera
pelas providências das sementes.
Irão quadriplicar.

Cecília Fidelli.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Redigindo o Mundo Físico

Quero o sol.
Longínquo ou rasante,
mas sem réplicas
deixando rastros no horizonte.
Quero um céu bem azulzinho
e uma brisa bem leve.
Esse velho vai e volta.
E a gente aqui na crosta.
Absorvemos
muito mais do que emitimos,
como sempre.
Que dias curtos,
frios e escuros.
Quantos vampiros
já quase acreditando que a terra
tem se comportado
como um barco a deriva
no espaço infinito.
Salvo algumas excessões,
a grande maioria
parece carregar nas costas
o equivalente a carga
de um carro funerário
deixando os sorrisos
extremamente constrangidos.
Eu quero o sol
posicionado em alto mar.
Ùltimamente
até ele anda semelhante
a um terapeuta doente
pulsando dúvidas.
E além de tudo
essa chuvinha
com o pretexto
de estar regando
a primavera.
Ela roubando o verão,
que por sua vez
também foi roubada
pelo inverno.
Estação a estação,
a sábia natureza
mostrando o vazio
e a distância que separa
as nossas vontades
  dos desígnios de Deus.

Cecília Fidelli.