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Lei número 9.610 - de 19.02.1998.

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011


O melhor fanzine já feito em Sergipe

Décima Segunda Antologia - Postal Clube - 2010.
(Araci Barreto).

Flores de ipês
deixando imagens
que deixam repletas de amor as árvores.
Circula um diálogo extraordinário.
Nós e a natureza.
Impacto instigante.
Certificado de auteticidade da natureza.
O paraíso se concretiza através do olhar.
Sua infinita vitalidade,
é algo que trás paz ao coração.
As quatro estações têm suas razões.
Mas a primavera...
nos dá o direito de paralizar a vida
por vários e vários instantes.
Em sua totalidade, eterna descoberta.
Encanto fundamental ao olhar.

Cecília Fidelli

Poesia, é uma extensão dos sentimentos, das emoções.
Poesia tanto é imagem quanto é voz.
Uma forma de garantir que os gritos sejam ouvidos,
que os silêncios sejam sentidos.
Poesia, é salvar risos e lágrimas,
...amortecer sofrimentos e mágoas,
são dias de sol e de chuva intensos,
dizendo que disponibilizam as mais tocantes inspirações.

Cecilia Fidelli.
- Para Lau Siqueira.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ao longo do dia, ajustes
e reajustes, sem intervalos.
Entretenimentos.
O homem da semana,
a mulher da semana.
Problemas mundiais,
e os problemas de cada um.
Conter-se...
Acreditar.
Ouçamos os analistas
pra tentar fechar o dia,
com nervos de aço,
pra superar as expectativas
tirando o pé do próprio acelerador.

Cecilia Fidelli

Liberdade demais, tem consequências.
Nossos princípios quando são bons,
têm realmente o que contar.
Nossa luz brilha mais intensamente,
e a vida sempre nos convida a cantar.
Consciência tranquila é a única alternativa.
Permite chegar a qualquer lugar.
Gostar de nós mesmos.
Dar-nos uma chance a mais sempre,
é tão certo quanto dois mais dois,
são quatro e isso quando está
sempre na frente, nem em
dez milhões de anos vai falhar.

Cecilia Fidelli

domingo, 6 de fevereiro de 2011


www.tracodeguerrilha.blogspot.com
A Cléo modificou o blog dela.
Acrescentou meu nome e de amigos.
Obrigado, Ci.

Cléo Anselmo, Cecília Fidelli e amigos.

http://caanselmo.blogspot.com/
Existe ou não existe? Eis a questão
A ideologia purista no que diz respeito à língua é tão autoritária e dogmática que um de seus principais recursos retóricos é negar pura e simplesmente a existência mesma dos usos linguísticos que seus defensores rotulam de “erros”. Nesse discurso, se uma determinada construção sintática não é acolhida pela tradição gramatical, diz-se que “isso não é português”, ainda que 300 milhões de pessoas em quatro continentes falem assim. Se determinada palavra não vem registrada nos dicionários é porque ela “não existe”.
Esse discurso faz a operação principal das ideologias, no sentido clássico desse termo nas ciências sociais: o falseamento da realidade por meio da inversão da história. Dá a impressão de que, na aurora dos tempos, Deus disse: “Faça-se a gramática, faça-se o dicionário”. Assim a língua foi criada e somente depois surgiram as pessoas que iam falar a língua. Essa operação ideológica fica bem evidente no discurso, igualmente tradicionalista, de que “hoje em dia ninguém fala certo”, como se em algum momento do passado, numa Idade de Ouro linguística, todas as pessoas tenham falado a língua exatamente como ela vem prescrita nas gramáticas e nos dicionários. Pura fantasia, agridoce ilusão. Ninguém jamais, em lugar nenhum, falou, fala ou falará uma língua tal como vem desenhada e moldada nas gramáticas e nos dicionários. Essa “língua” registrada ali é que, de fato, não existe. É um modelo utópico, um padrão ideal, baseado numa modalidade de uso extremamente restrita, um cânone literário antiquado, e que despreza tudo o que a ciência moderna sabe a respeito das línguas: que elas são mutantes, variáveis, heterogêneas, instáveis
Essa ideologia, infelizmente, está impregnada até hoje na maioria dos livros didáticos destinados ao ensino de português no Brasil. Embora tenham abraçado modernas teorias linguísticas no tocante à prática da leitura e da produção de textos, quando o assunto é gramática, continuam apegados a um modo de ver a língua que as ciências da linguagem já provaram ser francamente equivocado, falho, errado mesmo. Consultando um desses livros, por exemplo, encontrei a seguinte pérola: “Não existe ‘apesar que’.” Ora, se não existe, por que a necessidade de explicitar essa não-existência? É no mínimo irracional e ilógico apresentar, numa obra didática, alguma coisa que “não existe”. A verdade é que “apesar que” existe, sim, e sua simples menção no livro didático é a prova cabal dessa existência. Só que tal existência é condenada pela norma estreita e estrita que se pretende veicular como “língua certa”. Há uma distância astronômica entre não existir, pura e simplesmente, e existir e ser condenado – mas essa distância é facilmente vencida pelas botas-de-sete-léguas da ideologia. Consultando a internet, encontrei nada menos do que 305 mil ocorrências de “apesar que” em textos escritos, incluindo pareceres jurídicos, teses acadêmicas, artigos científicos. Para algo que não existe é um número bem alto, não? É uma pena que nosso ensino de português ainda se agarre com tanta unhas e dentes a um fantasma de língua, em vez de desdobrar em sala de aula a realidade múltipla, diversificada e fascinante da língua nossa de cada dia.
Marcos Bagno – Abril de 2010

Extraído do blog
www.expressobrasiluruguai.org/

Leia... a imagem.

Conta a história,
que o amor envolve
música e poesia.
Que romancista,
fala substancialmente,
de saudade.
Que a mistura
gera imensa variedade
de sentimentos.
E realmente,
não é por falta de provas.
E que o mais desagradável
é a dor de cotovelo.
Não quer dizer
que deva ser visto
com maus olhos.
Apenas que suspiros,
são seus mais frequentes
propósitos.

Cecília Fidelli.