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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mais um ano novinho em folha.


2012 vai chegar
como chegaram
todos os anos anteriores.
Tão inocente, quanto malicioso,
e vai ser recebido
com rojões,
foguetes pirotécnicos,
ruidosos, coloridos e brilhantes.
Tomara que sem nenhum acidente.
Trazer ilusões e medos,
maldades, prazeres,
fadas, magos,
navios de sonhos,
barcos sem remos.
Vai trazer alegrias,
enfatizar outras barbáries,
mas aos poucos,
também a sabedoria
que viaja, literalmente,
através do tempo
com o aval das experiências
se conservarmos
na lembrança o Natal
de todos os dias, o ano inteiro.
Se seguirmos os exemplos
Daquele que veio
do ventre de Maria.
Antecipo aqui,
a retrospectiva de 2013.
2012,
vai continuar assaltando
nossas carteiras,
por conta do capitalismo,
vai tirar o bom humor
e quem sabe mais uma vez
a credibilidade do Povo Brasileiro,
afinal, ano de eleições,
que lembram corrupções.
As coisas de sempre.
Vamos continuar escrevendo,
copiando e colando
poemas de paz,
de amor e saudade.
Espalhando perfumes Celestiais
e os caos em trânsito
aqui e no resto do mundo.
Mãos cheias de dinheiro,
figurando com mãos
vazias de carinhos.
Em todos os lugares
ao mesmo tempo,
idéias e pensamentos
mais e mais globalizados,
constantemente.
E haveremos de continuar vivendo
hora felizes, hora destroçados.
Revivendo emoções antigas
e vivenciando outras inéditas.
Vai ser pra lá de bom se a saúde
estiver sempre presente.
Se pudermos explodir
de contentamento
com presenças que nos encantem,
se pudermos acolher
pelo menos alguns irmãos
e dividirmos o osso.
Porque o mundo gira
e o que importa na humanidade,
são as atitudes nobres e solidárias,
são os olhares reveladores.
São os terrenos férteis,
o trabalho e a paz
principalmente nas sociedades
ainda menos coerentes.
Os ventos
vão continuar soprando,
e que bons ventos
cheguem a todos os cantos
sem fluir tantos tormentos.
Que o sexo forte
faça lindos versos ao sexo fraco.
Que os idosos e as crianças
sofram e chorem menos.
Que cada um de nós
projete e execute com sucesso
seu próprio paraíso
sem prejuízo dos outros.
Que a lágrima
possa atingir um ponto ameno
pra ser menos tristonha.
Que possamos continuar indo e vindo
sem o obstáculo da violência,
sem nenhuma espécie
de preconceito ou constrangimento.
Que prevaleça sempre o bom senso.
Que os sorrisos
sejam ampliados até a orelha.
Que nossa Constituição obsoleta
sofra as necessárias, reais e
devidas modificações
por políticos hoje tão ausentes.
Por parlamentares
de melhor caráter, decentes,
menos dementes.
Por todos nós, não só pra eles.
Críticas e berros
não tem tido ressonâncias.
E que todos se esforcem
pra espalhar mais luz
que sombras sobre a natureza.

Cecília Fidelli

domingo, 18 de dezembro de 2011

Presente de Natal para Fábio M. Fidelli.


Difícil seguir sòzinha,
ver seu quarto vazio,
seu violão calado...
Mas eu sei que faz sentido.
Que pra amadurecer e progredir,
às vezes,
é preciso navegar por reflexões
que parecem quase infindas.
Deus te dê energia e otimismo!
Pra mim, meus filhos,
vão ser sempre pititiquinhos
como dois grãos de feijãozinhos.
Um dia a mamãe vai embora.
Quero deixá-los
repletos de boas condutas,
com personalidades próprias,
fortes,
pra não cairem
nas armadilhas do mundo,
pra não terem
que suspender problemas.
Porque as ilusões
chegam de mansinho,
fascinam
e não é mole enfrentar.
Entretanto é assim
que Deus cuida e põe ordem
no coração da gente
pra que possamos reconhecer
o que realmente vale a pena.
Conceitos de vida
infelizmente,
não vem com a juventude.
Também já fui jovem:
Definir-se e acertar-se
geralmente é suado.
Mas decide o futuro.
Afinal, você não se mudou.
Apenas deixou esse silêncio vago,
por tempo determinado...
Filhos nascem

mas permanecem pra sempre
dentro da gente.
Vou preparar bolinhos de chuva
e tortas salgadas,
pra quando você chegar.
Os dias e as noites se alongam.
Mas eu sei que o tempo voa.
Hoje você é um adulto
apto a viver de acordo
com a sua consciência,
de acordo
com o que aprendeu no lar,
o que me deixa muitíssimo
orgulhosa.
Desejo-lhe muitas conquistas.
Quando eu me for,
vou levá-los comigo pro infinito.
Eternamente amar!
Deixo a poesia como legado,
à você e ao seu irmão, Felipe
e este poema,
como presente de Natal.
Um beijo e na sequência,
um abraço bem apertado.
A maneira mais eficiente
de aproximar os corações.
A sensação é essa.
Um dia vou me lembrar
dos puxões de orelhas
que se eu não desse,
querendo ou não,
ninguém daria.

Afinal, sou mãe e pai ao mesmo tempo.


Cecília Fidelli.

Bate Volta.

No cotidiano, rindo ou chorando,
em noites ou dias quentes ou frios,
degustando ou ingerindo,
gasto palavras
que me consomem em versos.
Eles não voam.
Não têm asas.
Mas sãos alados por natureza.
E essa tendência de voar,
leva conceitos
espalhando meus momentos no ar.
Percepções e sentimentos,
o tempo todo habitando
meu sistema nervoso central.
Poemas e teorias agitando
minha máquina de pensar.
Sensações da vida
são os estímulos,
abordando diàriamente
novos sonhos e acordando
os mais esquecidos,
extraídos do cativeiro da alma.
Refinadas torturas
que nunca se despedem.
Conversam-se compulsivos,
depois se dispersam amplamente
sem medo do romântico,
sem medo do rígido.
Sem medo de errar.

Cecília Fidelli.