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sábado, 2 de março de 2013

Sou reajustes todo dia no teatro da vida.

Explicação.

No final do dia
 o inconformismo: Me conformar.
Não tem jeito de mudar.
Fecho os olhos, calo a alma ...
Danço conforme a música ouvindo a voz
do coreógrafo.
Os versos são conhecidos
 em minhas versões intimistas.
É o meu jeito de morrer um pouco todo dia,
sem métricas ou rimas.
Rendo-me, entrego-me,
de acordo com a direção do vento.
Aqui, quando não tem poesia,
não tem também hipocrisia.
Por mim,
nunca ninguém entristecia.
Se acontecesse,
tomava logo um banho frio pra tirar o ranço.
Pode não parecer mas sinto-me em paz.
Mais um dia no tempo, perdido.
Ou mais um dia perdido no tempo ...
Tempo de lamentar sem chorar,
o que se fez, o que se faz.
Junto as reservas de ânimo.
É raríssimo eu abandonar a idéia de lutar.
Não diria que estou cansada,
que secaram-se as lágrimas.
Diria que estou exausta.
Que as minhas penitências,
são só minhas,
que estou terminando meu turno.
Por isso fecho os olhos e calo a alma.
A atenuante é não chorar.

Cecília Fidelli.

Inspirações noturnas.



sexta-feira, 1 de março de 2013

Mais um sonho a ser realizado.

Helena Kolody,
1912 - 2004.

Helena Kolody,
nasceu em Cruz Machado-PR,
em 12 de outubro de 1912
 e faleceu em Curitiba, capital do Paraná,
no dia 15 de fevereiro de 2004,
com 92 anos !
Nos aproximamos por carta em 17. 04. 1990,
trocamos correspondências
e em 30 de abril de 1991
 encontrei-me com ela
 em seu no apartamento em Curitiba.
Ela me falou sobre ter ancorado pra sempre,
no "coração planautino" - tão verde,
tão florida e tão bonita !
Foi através
 da Dra. Eliane Saporshi, advogada.
 Contei-lhe sobre a intenção e sobre
o sonho de publicar um livro,
 na época sob o título
 BANDEIRA BRANCA
 contendo meus instantâneos pessoais,
 que vinha organizando desde 1987.
Bandeira Branca - crônicas,
que eu publicava em jornais.
Flagrantes da vida real,
 reflexões.
Ela me entusiasmou tanto ...
E prefaciou.
Eu mal podia acreditar.
Lia, lia e relia ...
Imaginem só,
 um livro meu,
 passando pelas
mãos e olhares de Helena Kolody,
 tão poeta,
tão intelectual,
 tão culta pra avaliar.
E a minha felicidade maior
 foi ter recebido sua atenção,
seu carinho.
Hoje, preparo
 "Ah! Se eu não delirasse em poemas".
 depois de algumas publicações
independentes e de dois livros oficiais:
- Coisa Nossa e Cores da Alma.
Capa de Azriel F. Dutra,
coisa de alguém
que é exageradamente amigo.

Cecília Fidelli.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sarau, é legal !

Gente sensível,
gente jovem,
gente madura,
gente estranha,
gente diferente.
Assim são os poetas. Diferentes.
Saem fora do sistema,
vão ao Sarau nas noites de sexta,
tomam cerveja
e nem ficam com dor de cabeça.
São desarmônicos, desarmados.
Fazem cenas engraçadas
e sorriem entre sí.
Enquanto o resto do mundo
anda curtindo barbaridades,
amor e saudade,
sofrimento e alegria,
curiosidades,
silhuetas,
muita música e poesia
se expõem até a madrugada,
já quase manhã ensolarada
emitindo mensagens iluminadas,
ilustrando as emoções da sociedade,
desprovida de expressões.
Esta noite,
eu também sou diferente.
Nem quero ser socorrida
ou que avaliem meus neurônios.
O céu já está claro,
brilha um lindo azul metálico!
Exploro suas dimensões mágicas.
São as imagens da imensidão!

Cecília Fidelli.
06 Agosto 1999


Mas... a gente passa a limpo sempre.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Do livro: Poemas de Amor, sem dor.

Toque

Penso no homem.
Não naquele que pensa que cria, mas explora.
Penso no homem másculo, sedutor!
Naquele que eu procurava, procurava...
Não naquele que é só fonte inesgotável de prazer.
Mas naquele que sabe sensibilizar e amar,
verdadeiramente, uma mulher.
Penso no homem másculo, sedutor...
Mas, não naquele que começa pelo traseiro.
Penso naquele que olha no fundo dos olhos,
vai com expressividade à poesia
e nesse mundo turbulento,
faz do nosso tempo livre, da distância,
da falta de grana,
uma maneira vertiginosa de se ouvir:
EU TE AMO!
Penso no homem.
Não naquele que envolve com promessas,
com ilusões.
Mas naquele que além de másculo, sedutor,
transforma sua própria ausência,
em um inimaginável sonho de amor.

Cecília Fidelli.

Com Nancy Bacheschi

Cecília Fidelli em "Recado".
(Me envie um poema).
Nancy Bacheschi:

 Para alguns, um jogo de palavras...
 Outros, um delicioso deleite,
 Escrito em papel branco,
 vem da mente e do coração.
 Singelas idéias, fortes constatações,
 invadindo a imaginação.

 Amigos, esta é a essência
 da poeta Cecília Fidelli.

A M O R