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sábado, 27 de agosto de 2011

Até parecem virtuais.

Constelações
sejam bem-vindas,
que essas estrelas do céu,
tô pegando.
Os brilhos dos seus olhos,
Tô roubando.
Coisas de uma sonhadora.
Tô delirando.
Parecem tão frágeis,
distantes...
Mas estão bem atentas
aos meus passos,
a esses sonhos...
Só vocês me fazem voar
muito mais alto!
Livres, ágeis,
e o meu papel é observar
a delicadeza
e acreditar
que as fases da lua são gestos,
dos quais ninguém deve se esquivar.
E pra terminar,
convido vocês pro jantar.

Cecília Fidelli.


Sofá cama.


Não consegue abrir o coração?
... Encosta sua cabecinha
no meu ombro e chora...
Posso escutar.
Se eu não souber explicar,
posso acalentar.
Seu silêncio é tão preciso
que é preciso harmonizá-lo.
Sem essa de entrar no meu site...
Vamos?
Deixa?
Vamos teimar em amar!

Cecília Fidelli.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Biografia de José de Anchieta.

Padre José de Anchieta:

Nasceu na ilha de Tenerife, uma das ilhas Canárias dominadas pela Espanha no final do século XV, a 19 de março de 1534, dia de São José, motivo de seu nome. Filho de próspera família, tendo por pais Juan de Anchieta e Mência de Clavijo y Llarena, teve a oportunidade de estudar desde a mais tenra idade, provavelmente com os dominicanos. Aos quatorze anos iniciou seus estudos em Coimbra, no renomado Colégio de Artes, orgulho do rei Dom João III.

Lá recebeu uma educação renascentista, principalmente filológica e literária.
Com 17 anos de idade ingressou na Companhia de Jesus, ordem fundada por Inácio de Loyola em 1539 e aprovada por meio da bula Regimini Militantis Eclesiae em 1540, pelo papa Paulo III. No ano de 1553, no final de seu noviciado, fez seus primeiros votos como jesuíta. Assim, acabavam seus temores de não poder permanecer na Ordem por ter sido acometido de uma doença ósteo-articular logo após seu ingresso. Aconselhado pelos médicos de que os ares do Novo Mundo seriam benéficos para sua recuperação, foi enviado em missão para o domínio português na América.

Veio ao Brasil com a segunda leva de jesuítas, junto com a esquadra de Duarte da Costa, segundo governador-geral do Brasil. Em 1554 participou da fundação do colégio da vila de São Paulo de Piratininga, núcleo da futura cidade que receberia o nome de São Paulo, onde também foi professor. Exerceu o cargo de provincial entre os anos de 1577 a 1587. Escreveu cartas, sermões, poesias, a gramática da língua mais falada na costa brasileira (o tupi) e peças de teatro, tendo sido o representante do Teatro Jesuítico no Brasil.

Sua obra pode ser considerada como a primeira manifestação literária em terras brasileiras. Contribuiu, dessa maneira, para a formação do que viria a ser a cultura brasileira. De toda a sua obra, destacam-se a Gramática da língua mais falada na costa do Brasil, De Gestis Mendi de Saa, Poema da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, Teatro de Anchieta e Cartas de Anchieta. A coleção de Obras Completas do Pe. José de Anchieta é dividida sob três temáticas: poesia, prosa e obras sobre Anchieta; a publicação prevê um total de 17 volumes.

José de Anchieta faleceu na cidade de Reritiba (atual Anchieta) na Capitania do Espírito Santo, em 9 de junho de 1597. Graças ao seu papel ativo no primeiro século de colonização do Brasil, José de Anchieta ganhou vários títulos, tais como: “apóstolo do Novo Mundo”, “fundador da cidade de São Paulo”, “curador de almas e corpos”, “carismático”, “santo”, entre outros. Assim, teve uma imagem construída de maneira heroicizada por seus biógrafos, já nos anos que se seguiram à sua morte.

As três primeiras biografias escritas em língua portuguesa foram: Breve relação da vida e morte do Padre José de Anchieta, de Quirício Caxa (1988), escrita em 1598, um ano após a morte de Anchieta, Vida do Padre José de Anchieta da Companhia de Jesus, escrita em 1607 por Pero Rodrigues (1988) e Vida do Venerável Padre José de Anchieta, de Simão de Vasconcelos(1953), escrita em 1672. As obras coevas, escritas por padres jesuítas, serviram ao longo processo que levou à beatificação de Anchieta em 1980.

Uma biografia contemporânea deve ser consultada: Anchieta, o apóstolo do Brasil, de Hélio Abranches Viotti (1980). Os dois maiores estudiosos de Anchieta foram os padres jesuítas Armando Cardoso (1997) e Murillo Moutinho (1999). Este último publicou uma obra imprescindível para os estudos sobre o jesuíta: Bibliografia para o IV Centenário da Morte do Beato José de Anchieta: 1597-1997.

Junto com outros padres que, em oposição à Contra-Reforma, tinham a catequese como objetivo. Este movimento influenciou o teatro e a poesia, e acabou resultando na melhor produção literária do Quinhentismo brasileiro. Das suas contribuições culturais para o nosso país, podemos citar as poesias em verso medieval (destaque: Poema à Virgem), os que misturavam características religiosas e indigenas, a primeira gramática do tupi-guarani (a cartilha dos nativos), além da fundação de um colégio.

De acordo com o crítico Eduardo Portella, o trabalho de José de Anchieta deve ser entendido como uma manifestação da cultura medieval no Brasil, por conta de sua poesia simples e didática, da métrica e do ritmo por ele usados. Além de Auto da Pregação Universal, Anchieta é considerado como sendo o autor de Na Festa de São Lourenço, também chamada de Mistério de Jesus e de outros autos.
Fonte: www.histedbr.fae.unicamp.br - Parte do Conteúdo elaborado por Cézar de Alencar Arnaut de Toledo, Flávio Massami Martins Ruckstadter e Vanessa Campos Mariano Ruckstadter.

Na próxima postagem, um belíssimo trabalho de Wagner Santos.

Ainda lembro...


Parte 1

Ainda me lembro, quando aqui eu cheguei,
Pelos índios recepcionados.
Muitos deles eu catequizei,
Muitos estiveram ao meu lado.

Ah! Quanto tempo...
Até Martim Afonso aqui passou,
Nestas areias eu escrevi,
Minhas historias e ate tormentos...

Hoje volto a estas areias,
Repousado a noite em “minha Pedra”,
E o mar novamente a observar.

Que muito de minha época modificou,
Mas estou decepcionado,
Com o objetivo alcançado.

Parte 2

Que tamanha decepção,
Sinto dores no coração,
Em ver como esta meu povo querido,
Sejam Índios brancos e negros.
Etnias desta nação.

A minha Selva esta mudando,
Pela praia vou Caminhando,
E o Convento se desmanchando,
Itanhaem vai se modificando.

Meu poçinho ainda continua,
Mas a verdade é Cruel e dura,
E as praias cheias “de cano”.

Fizeram em Minha Homenagem,
Uma Estatua, a minha imagem,
E com Itanhaem, acabaram com o encanto.

Assinado: Padre José de Anchieta.


Autor: Wagner Santos:
Escritor, compositor.
Pertence a UBE
- União Brasileira de Escritores -

Baladazul

Nada de aerosol
Queremos o supermercado no quintal
natural
y coletivo.
Nada de radioatividade lixo industrial burguesal.
O gostoso desta vida é a gente não viver
como a propaganda manda.
Fora com os donos da vida
Queremos sol
em sua forma
nativa

Menezes Y Morais.


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Possibilidade.


A saudade paraliza.

Num sopro de lembranças distantes,
me perco em pensamentos exaustivos
de uma imensa saudade.
Me instalo no seu olhar,
naquele beijo,
na noite calma e muda.
Me esqueço no tempo
e acordo tarde do pesadelo.
Um chafariz de impasses
ficaram trancados a sete chaves,
no fundo escuro das ilusões.
Encantos supremos
livres de angústias .
Golpes baixos da vida.
Poderosa, destrutiva.
Um jeito caprichoso de dizer:
- É muito louco!
Corações na contra-mão.
Pouca gente sabe,
mas,
só quem passa pelo passado,
pode entender um presente assim,
que vive apontando
caminhos já percorridos.
Mágoas guardadas,
mas tão importantes pra mim.
São elas,
que me aproximam das lágrimas.
Mas são elas também
que trazem você
pra tão perto de mim assim.

Cecília Fidelli.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Saudações Poéticas.

╔════ೋღ♥ღೋ════╗
♥◊ ♥♥◊♥ SEJA ♥◊♥♥◊ ♥
♥ ♥◊♥ BEM VINDO ♥ ♥◊♥
AO BLOG
REVIRAGITA POESIA.
Seus comentários
são um incentivo!!!
Paz e Poesia,
sempre
em nossas vidas.
╚════ೋღ♥ღೋ════╝


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Avaliação.


Tenho um parafuso a menos,
tenho a língua solta.
Não me acabo em silêncio,
calada.
Minha proposta é o desabafo,
a franqueza.
Mas enfim,
há quem não goste de ouvir.
Uso demais os adjetivos,
e costumo ter o cuidado
de não ligar
para o que os outros pensam.
Descrevo exatamente,
o que reflete em meu íntimo
o meu espelho.
Meu coração
é a minha referência.
Minha ligação com as palavras,
não é acusar,
nem defender.
São episódios,
meus marcos,
meus pontos de vista.
Se não acrescento,
pelo menos,
não camuflo o que penso.

Cecília Fidelli.

E o absurdo se repete.


Como se vir ao mundo
fosse um crime,
mais um bebê abandonado,
em seu primeiro dia de vida.
Certamente despencou
do bico da cegonha.
Caiu das asas do desencanto.
Mais um bebê
embalado pela crueldade
empunhando precocemente,
a dor.
Veio para habitar a terra,
esse mundo em detritos,
que tão cedo
proporcionou-lhe o sacrifício.
Não teve a oportunidade
de ter amor de mãe.
Rescém nascido,
sem roupinhas,
sem talquinho,
vai ter que lutar pela opção
de sobreviver ou não.
A circunstância
vai escolher seu destino.
Um ser tão pequenino...
Sem defesa própria,
sem identidade.
Polêmica em pauta.
Tristeza em voga,
imprópria.
Sobre a relva fria,
sob a chuva que não censura,
em baixa temperatura,
em clima de desamor.
Ele chora:
Me abraça, mamãe?

Cecília Fidelli.


domingo, 21 de agosto de 2011

Jornada.

Estou pronta
a plantar flores sobre pedras.
A sedar falsos alertas,
a abortar indiferenças
e a carregar sonhos
mesmo que se tornem fardos pesados.
Estou pronta pra suportar ventos gelados
e a jogar planos ingênuos
com fúria ao mar.
Estou pronta
pra encher o espelho de sorrisos,
fechar as porteiras das ameaças,
a driblar todos os perigos,
e a encerrar noites negras
com o brilho tôsco
de lerdas estrelas.
Estou preparada,
pra iluminar sombras,
adormecer personagens sem vida,
beber lágrimas em jarras,
a repudiar melancólicas recordações,
e a investigar os estranhos.
Estou apta,
a sorrir com a face amarelada,
a pisar em saudades travadas,
a matar baratas.
Estou disposta
a percorrer labirintos,
a desafiar abismos,
a debilitar dores reais.

Cecília Fidelli.


Ninguém escapa

O mundo pulsa
mas, não distraído
às deteriorizações
humanas.
Nós o contaminamos,
ele implacável,
simplesmente,
nos deixa na mão.

Cecília Fidelli.


Anseios


Um blues lento em andamento.
Um profundo lamento...
Vazio,
é quando falta algo no íntimo.
Algo que dói muito.
Quando a gente se esforça
para encontrar um objetivo,
mas, a gente não resiste.
Repetimos a nós mesmos
que está tudo bem,
e aquela dorzinha de cabeça
parece durar tanto!
Ufa! Como contrai-se o coração.
E a gente fica incrédulo
desejando uma ilusão
e se devolve à angústia inicial.
Vem o desejo de nos tornarmos
invisíveis.
A gente se empolga e chora,
de verdade,
diante de nossos próprios olhos.

Cecília Fidelli


mariopirata.blogspot.com