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domingo, 19 de dezembro de 2010

Quando eu era pequena e o telefone tocava, eu pensava.
Será que o papai-noel vai me ligar?
Sem chance.
E a sensação de vazio, tomava conta de mim.
Do jeito que a coisa andava...
Ele não vai aparecer com um saco de presentes.
No máximo, uma lembrancinhas.
Estranha felicidade.
Então, eu vagava entristecida.
Ficava treinando o que dizer-lhe quando o encontrasse.
E eu sorria.
Era o maior sorriso do planeta.
Ah! Fui boazinha o ano inteiro!
Mas isso, me soava chantagem.
Ah! se papai-noel aparecesse,
se eu fôsse surpreendida ao acaso...
Até que um dia ele acenou pra mim.
Foi como o reflexo repentino de uma estrela.
Um lindo momento infantil.
Consequencia do instinto cristão.
Vinte e cinco de Dezembro, meia-noite.
Jesus-menino, entre sinos e silêncios.
Felizmente, pelo menos nas crianças,
essa magia não tem fim.

Sabe o que papai-noel me disse?
- Ci, eu só vim ver você!

Retruquei:
- Nunca minta pra mim.


Cecilia Fidelli.

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