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domingo, 15 de maio de 2011

DOMINGÃO.



Domingos de tédios.
Já passei por isso.
Um domingo assim, se não estou equivocada,
tem tudo a ver com submissão.
Submissão àquela rotina domingueira:
Macarrão, maionese e frango.
Saí desses domingos e nunca mais voltei.
Futebol.
Hoje tem Santos e Corinthians.
Mas, podia ser São Paulo e Palmeiras.
Não sou escrava de televisão.
E se alguém ronca a tarde no sofá da sala?
Papagaio!
Não nos submetermos a algo, ou a alguém,
é tudo de bom.
Tem gente que passa uma vida inteira
sem saber o que é isso.
Aos domingos, podemos ir à praia,
ler na rede, ir ao cinema, tomar um sorvete, uma cerveja.
Somos nossa estrela máxima.
E quem será que inventou os domingos?
Mil outros virão.
Podemos tocar os domingos,
como tocam os sensitivos, com curiosidade,
e quando me dizem, domingo, que tédio!
Fico pasma.
Prolongados "silêncios", sem propósitos?
Um dia como os outros, grandioso, dia de descanso.
Não devemos morrer num domingo, acomodados.
O domingo quando se é livre, tem olhos lindos.
Um domingo não deve ou não deveria ser um dia
onde a gente simplesmente se esquece no meio
de tantos dias, já condenando a segunda-feira.
Talvez no domingo se perca um pouco a dinâmica,
a gente se torna meio displicente a passeios, por exemplo.
Pisar na areia, pisar na grama, regar uma planta.
Concordo que ele talvez seja mais lento.
Sorrisos à flor-dos-lábios, que tal?
Um dia pra nos observarmos.
Talvez o domingo tenha vindo pra nos elevarmos
espiritualmente, socialmente e em profundidade.
Eu hoje parei pra pensar, por exemplo, que dizem por aí
que um homem não passou pela terra se não plantou uma
árvore, se não fez um filho e se não escreveu um livro.
Embora eu já tenha feito as três coisas, diria que
não passamos pela terra, se não aprendemos a tocar
violão, se não aprendemos a nadar e se não aprendemos
a andar de bicicleta.
Três sugestões para um domingo sem angústias.
Um domingo adorável, com nosso toque pessoal.
Aquele que dedicamos, vivemos, em nosso favor.
Aliás, todos os nossos dias (e noites),
estão em nossas mãos.

Cecília Fidelli

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