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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Palavras, sem miséria.

A sensibilidade é a minha referência para os meus poemas.
Eu não saberia escrever sobre o inverno
se não sentisse frio.
Não saberia escrever sobre divergências,
se não tivesse trocado tantas idéias
com muitos poetamigos
através do Underground Brasileiro
nos últimos 20 anos ou
se não gostasse de ler um pouco.
Aliás, eu não saberia dizer nada vezes nada
se não vivesse intensamente.
Sempre refletí sobre a realidade,
sempre sonhei, com a imaginação.
Hoje, aqui no meu recanto, através dos teclados,
deliro, romanceio, me espreguiço,
me estendo em sussurros e gritos.
Impulsos me reabilitam a todo momento.
Já me perguntaram
quantos poemas escrevo por dia.
Aí que está.
Meus versos se assumem.
Escrevo tantas vezes quantas, alegrias ou dores
tiver sentido e escrevo tanto quanto
fatos me pareçam irremediáveis.
Observo a vida em suas mais diversas formas.
E hoje, me sinto mais amadurecida.
Porque avalio principalmente sofrimentos alheios.
Me imagino no lugar dos outros
com problemas até o pescoço
e tento assim, chamar a atenção de todos.
Descrevo excessos e também procuro boas notícias.
E mais do que tentar traduzir emoções,
critíco ou enterneço, em loucos murmúrios poéticos.
Mas, tipo assim: Fala que eu te escuto.
E respondo por mim mesma.
Viver é exausto, comprido, tem ângulos agressivos.
Entretanto, existem luzes suspensas.
A diferença daqui pro papel,
é que ninguém pode ver minha caligrafia nervosa.
Não consigo travar a língua nem a consciência.
Não rebusco inspirações.
Elas chegam de acordo com as circunstâncias.
Quando amo, falo da dependência...
Quando me apavoro, falo da culminância da cena.
Num mundo cheio de acontecimentos "chocríveis" -
Chocantes com incríveis,
não costumo concordar com covardias ou omissões.
Algumas coisas repercutem em minh'alma.
Outras, revolvem as vísceras.
Às vezes tumultuo meus próprios impasses.
Não controlo claro, o destino.
Mas também, não me faço de dissimulada.
Não me obscureço.

Cecília Fidelli.

2 comentários:

  1. É extremamente gratificante, a gente vir e ler coisas tão bem escritas, espelhadas de um reflexo inteligentíssimo que nos engrandece de todas as formas...Te agradeço de joelhos, por tudo que absorvo literariamente, de teus sentimentos, momentos estes, escritos como expressão de um desabafo que só você (autora e poetisa), tem conhecimento! Um beijo muito carinhoso deste mero fã...
    Thony Di Carlo

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  2. Como disse o poeta thony Di Carlo, que deve ter "bagagem" tão grande e significante, ler
    suas inspirações é gratificante e ativa e aditiva
    meu pouco conhecimento... por isso, e, por tudo..
    sempre Obrigada por me achegagar... bjo na sua alma! Stella*star*

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