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domingo, 24 de julho de 2011

Do jeito que tem que ser.

Joguei uma moedinha
no poço dos desejos.
Fiz um pedido: Uma varinha mágica.
Pedí um mundo de paz e de aconchego.
Isso mesmo.
Sem defeitos, com respeito,
sem muito dinheiro.
Um mundo só de encontros,
sem desencontros.
Um mundo sem dor.
Nada de uma dorzinha aqui, outra alí.
Com hospitais de portas fechadas.
Sem pacientes.
Bem colocado no espaço.
Sem madrugadas frias.
Da mais completa harmonia.
Pedí um novo despertar carinhoso.
Onde apenas o sol permanecesse,
envolvendo a escuridão.
Um mundo sem saudades.
Sem espelhos
que refletissem os imperfeitos.
Noites cheias de estrelas.
Atapetado de rosas em botão.
Momentos e mais momentos
seguidos de amor,
e de caminhos muito bem cuidados.
Um mundo sem medos.
Ânimos, cheios de entusiasmos.
Sem mentirosos, sem trapaceiros.
Um mundo realmente, diferente.
De vibrações puras, poéticas.
Desenhado de emoções e conquistas.
Num universo,
sem limites de bons pensamentos.
Contente.
Verdadeiro.
Possivel de realidades,
não de sonhos, nem de ilusões.
Sem murmúrios,
sem choros,
livre de condicionamentos.
Um mundo onde houvessem
apenas planos para sorrirmos.
Mas para sorrirmos com estilo!
De amigos importantes,
pelo simples fato de serem amigos.
Um mundo treinado
em tudo que é apaixonante.
Gostoso.
Um mundo novo, em folha.
Inocente.
Infantil.
Colorido.
Divertido.
Cultural.
Musicado.
Consagrado de homens abraçados.
De trabalho honesto, honrado.
Inteligente, lindo,
que gerasse a felicidade.
E é isso.
Um dia
vamos nos deparar com a sensação
de que já está acontecendo.

Cecília Fidelli

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