Iluminados.

Ventos vindos do oceano.
Chuva
e poetas guerreiros,
que viram deuses.
Nos papéis que o tempo guarda,
sentimentos quentes,
vulcânicos.
Sentimentos tristes,
gelados.
Nos poetas,
mais do que...
em mais ninguém,
tudo se transforma
màgicamente em vida.
As inspirações,
deles,
não se separam.
Algumas curtas,
outras longas,
vibrantes ou tenebrosas,
sempre novas.
Correntes poéticas seduzindo,
transformando, influenciando.
Poetas.
Metade loucos,
metade pirados.
Mentes frequentadas por bruxos e fadas,
aos pés de fantasias acentuadas.
Energias que nem sempre se mostram
como realmente são.
São guardiãos dos versos,
tocados pelos raios da lua,
quase intocáveis.
Vivem em outras dimensões.
Descrevem o céu e o subterrâneos.
Cavam seus próprios túneis,
e então... emergem.

Cecília Fidelli.