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sábado, 22 de outubro de 2011

Sequências e Consequências.

Ampara teu velhinho,
ampara tua velhinha.
Não substime quem até aqui
foi o astro ou a estrela
que te indicou caminhos.
Saiba que a vida só cumpre regras.
Dá muito mais que tuas mãos,
muito mais que teu calor.
Um dia você vai sentir as mesmas dores,
vai ter os mesmos dissabores.
Sua vida também vai enrrugar,
digo, virar,
da água pro vinho.
Sacia a fome.
Sacia a sede.
Chama seu idoso de meu amor.
"O coração tem razões,
que a própria razão desconhece!"
"Há muto mais entre o céu e a terra,
do que sonha nossa vã filosofia".
Vá escrevendo desde já os teus versos,
sensatos, exatos, sem reversos.
Quando você chegar
na última encruzilhada da estrada,
lembre-se que você também
está aqui
só de passagem.
E que em sua última paragem,
a vida também talvez
te ofereça um abismo.

Cecília Fidelli.

7 comentários:

  1. Tânia Bernardes.
    - Via Orkut -

    Te aplaudo de pé.
    Fantástico !!!

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  2. Nelson Aharon Bibow:
    - Via Face Book

    Acredito que tudo tem seu tempo certo nada amadurece antes do tempo e se acontecer é artificial, há tempos para tudo rir, chorar, amar, odiar, perdoar,rezar e assim as reflexões vem e vão depois nascem e florescem. O homem na verdade é o único ser que não aceita a sua morte inventa zilhões de opções ah esse ego danado sempre armado e inflamado de razões. Só observar a natureza e ela vai ensinar muita coisa é mais sabia que nós e também muito mais poderosa que nós. Enfim Cecilia Fidelli Reviragita Poesia a poesia tem muito a dizer a cada instante ela é infinita. O amor é forte até a morte a inspiração também. Todos os caminhos são fortes armadilhas, pois a dualidade é a lei do universo do qual não poderemos fugir jamais. Tudo é material apenas há o número de vibrações atômicas menos densas que são denominadas de espirito.

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  3. Nelson Aharon Bibow:
    Via Face Book

    A interlocução ou seja a conversa com o leitor em seus versos provoca e desconecta o leitor para reflexões metalinguísticas sobretudo em estrutura ironizada em um tradicional questionamento de criação literária e linear digressiva da miséria humana.

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  4. Alexandre Mendes
    - Via Face Book

    Cecília, isso é certo!
    Tem que dar valor a quem suportou todas as intempéries da vida
    e ainda consegue abrir o olho

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  5. Alexandre Mendes
    - Via face book

    Os idosos costumam satirizar a próprio estado. Escuto coisas do tipo: Velho é assim mesmo, velho é assim, velho é assado...Eu sempre rebato essas atitudes deles, dizendo que são mais que vencedores, que eu mesmo nem tenho certeza de que vou conseguir envelhecer, com todas as aporrinhações da vida...

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  6. Cecilia Fidelli:
    Reviragita Poesia

    É sim, Alexandre. Já ví e ouví esse tipo de coisa. Talvez não tenham mais, ou nunca tiveram um interesse só seu, particular, ou nunca tiveram, a não o cotidiano, o passar dos anos... Mas esse conformismo é aparente, tenho certeza. Por dentro deles há uma (ou mais), bomba. Num "belo" momento, se manifesta em surto, doença grave... sei lá. Interesses particulares, pode ser um trabalho manual, bons livros, bons filmes... Muita gente acaba sendo vítima de si mesma. Tremores nas mãos podem ser sinônimos de angústias. Mas se eles não tiverem conflitos com os mais novos, e não falo de conflitos de gerações, não, por isso todos nós passamos, mas de suportes necessários. Os jovens têm garras. Os mais velhos, precisam de muito fôlego...

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  7. Cecilia Fidelli
    Reviragita Poesia:
    Nos desgarrarmos dos pais é fácil. Muito fácil. Nos desgarrarmos da vida, é percorrer grandes distâncias sem fazermos idéia de onde vamos chegar... Acompanhar finais de jornadas pode ser uma dádiva.

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