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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O hoje.


Sua voz não está sendo ouvida?
Também... alcoolizado.
Entre meus sonhos
e as suas alucinações
vagamos no espaço denso.
Tomara que eu crie asas
para não cair.
Tomara que você crie pernas
para me seguir.
E vamos penetrar no tempo
sem futuro.
É como se eu soubesse tudo
por antecipação.
Tudo bem.
Volte à solidão.
Mas minha maior vingança,
é o gosto do meu beijo
na tua boca.
I n d i s s o l ú v e l !!!

Cecília Fidelli.

Um comentário:

  1. Quem tem voz?
    Quem tem voz serena pra falar de amor?
    Quem tem voz sofrida pra falar de dor?
    Quem tem voz vulnerável pra falar do exercício de pensar?
    Quem tem voz profunda pra falar de consolo?
    Palavras podem exprimir mensagens duradouras, elevadas.
    E podem transmitir desconstruções.
    A linguagem poética é sempre nova, sempre um manifesto.
    Pode impressionar, pode intuir desafios, pode alegrar e magoar.
    Mas, abster-se das palavras, pode deixar resquícios
    de indagações permanentes do nosso tempo.
    Quem não diz o que pensa, não colabora com as deficiências.
    Manifestos, na verdade, são, um conjunto de combustíveis
    que pode capacitar, definir, cobrar, porque palavras, podem,
    infelizmente enganar, criticar desnecessàriamente, impor
    absurdos e até liderar.
    Inspirações covardes, podem culpar.
    Mas boas palavras podem unir, impulsionar.
    Expor sentimentos, contar sobre os nossos pensamentos,
    é algo bastante grande.
    Não relegue palavras ao esquecimento.
    Somos fracos, somos fortes, somos persuasivos, somos
    amargos, somos doces, somos constantes nas alegrias
    e nas aflições da vida.
    Veja, ouça, viva, grite!
    Preste um serviço.
    Não vale só murmurar.

    Cecília Fidelli.

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