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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Eu era "antenada" ...

Nunca me arrependí de nada do que fiz nessa vida,
 a não ser de fazer uso do tabaco.
Fumar,
 na juventude era sinal de status.
A gente " se ligava "
 mais pra aparecer,
pra se auto afirmar, 
sei lá.
Haviam até propagandas sofisticadas na TV,
das mais variadas marcas de cigarros.
Os mais baratos eram chamados estoura peito.
Cansei de ouvir: Seu avó morreu assim !
Eu tinha uma colega de trabalho também fumante,
que não comprava, 
 "serrava".
Maria Lúcia.
Bacana a garota
e eficiente profissional.
Éramos secretárias.
Mas ... ela só serrava:
- Me dá um Minister
Tremenda cara-de-pau.
- Quem tem um Minister aí?
Nos divertíamos.
Era hilário.
Drogas lícitas ou ilícitas fazem mal.
Muito mal.
E se extendem Planeta a fora.

Assim os hábitos viciosos 
vão manchando a alma de tantas criaturas.
A princípio trazem sorrisos,
mas com o tempo,
alguns,
 como eu,
vão se conscientizando sobre os malefícios,
tentam parar,
 mas,
 não conseguem se livrar.
A reflexão se deve, 
talvez por ocasião do adiantado da idade,
digamos assim
pois algumas emoções vão submergindo ...
Nós mesmos produzimos nossos bons frutos
ou nossos maus frutos.
Quando a ficha vai caindo
 reconhecemos que somos transitórios
e que não haverá ressureição,
que drogas são doenças mortíferas
 não exatamente prazeres à alma,
quando analisamos seus elementos destruidores,
parece que estamos ouvindo vaias.
Não tem como correr atrás dos prejuízos.
Nos esgotamos antes do tempo.
Assim,
 vamos brincando com a vida.
Pecadores é o que somos.
O que me "consola"
 é que não existem homens sem pecados.
Nos arrastamos em falhas,
nem sempre nos perdoamos,
somos frequentemente criticados
 e condenados
a suicidas inconscientes.
Meu argumento em particular,
entretanto,
é que ninguem fuma com a intenção de se matar.
E como nos faltou
 ou falta clarividência,
ainda sonhamos ir pro céu,
 com a suprema pureza.
Resumindo o desabafo:
- Drogas são armas com asas,
que nos levam a tristezas e lástimas.
Recaídas e quedas profundas.
Em mim, 
o tabaco é um cárcere.

Cecília Fidelli.  
   
             

3 comentários:

  1. Bom dia, Cecília.

    Você tem razão quando diz que "todo mundo já fumou" que era "chic" aparecer com um cigarro "de marca" entre os lábios... eram outros tempos aqueles, e me parece que até os cigarros eram outros...rs. Do mesmo jeito que voc^, vejo muita gente aprisionada nas algemas do tabaco, e minha opinião sobre o mesmo não é lá muito lisonjeira (e nem sobre quem se deixa manter algemado...rs.). Chego ao ponto de pensar na imensa hipocrisia do governo (ou desgoverno) que permite a existência de fábricas mortíferas como essas do cigarro; para mim, deveria se proibir a fabricação e venda do cigarro, e quem quisesse continuar consumindo que produzisse artesanalmente o dito cujo.

    Evitando todo e qualquer laivo de moralismo digo que quando você decidir parar, (e só você pode decidir isso) você consegue.

    Um grande beijo e obrigado pro escrever a respeito.

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  2. Como sempre os seus textos são sensacionais. Quanto ao cigarro, que é uma droga lícita, vai continuar por muito tempo ainda deixando suas sequelas na sociedade.

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  3. João Bosco e Laerçon,
    vocês são uns amores...

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