Através da janela, estranho recital. Redescubro o gosto do café. Chove e o vento não se oculta do constrangimento. Leio jornais velhos, observando o comportamento do tempo. Estou me procurando pra não ficar sòzinha. Há pouca luz do sol e as nuvens se posicionam desordenadamente. As folhas das árvores balançam frenèticamente e se atiram ao chão. As lágrimas da natureza seguem relatando o espetáculo. Indefinido perfume do inverno fora de época. Jornais antigos, um bom livro, um bom disco em viníl, um bom cigarro... Através da janela procuro a essência de minh'alma e coloco os pingos nos meus ís. Mas hoje, pretendo retornar mais cedo dos sonhos, embora não saiba nem que horas são. Nem quero saber. Vago na amplidão, tricotando essa intranquilidade. Um rio de pensamentos, enxarcados de desabafos, nada no silêncio. Na inconstância de cada minuto, a sombra de uma melancolia profunda. Meu coração segue em obediência ao céu tristonho, levitando na neblina dos meus anseios. São as lágrimas da natureza e a inconstância do sol, afagando meus delírios poéticos. Cecília Fidelli. |
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Lei número 9.610 - de 19.02.1998.
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Intranquilidade banal ...
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Imagem - Cecília Fidelli.
ResponderExcluirArtesanato: Papietagem.